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O grampeamento de solo é um procedimento de contenção aplicado a cortes em maciços de terra.

O sistema utiliza, basicamente, chumbadores, concreto projetado e drenagem, e tem como objetivo estabilizar taludes de corte de forma temporária ou, o que é mais comum, permanente.

Tem execução relativamente rápida e custo relativamente baixo se comparado a outras tecnologias.

A contenção ocorre por conta da ancoragem de chumbadores sub-horizontais, que atuam de forma passiva, e são introduzidos no maciço e depois fixados com calda de cimento.

A técnica pode ser aplicada em um maciço a ser recortado ou como reforço em taludes já existentes.

No primeiro caso, a contenção é feita por etapas: executa-se a primeira linha de chumbadores e o revestimento com concreto projetado para seguir com o aprofundamento da escavação.

Na segunda situação, quando o talude já está cortado, pode-se fazer a contenção de forma descendente ou ascendente. Simultaneamente ao avanço do grampeamento, é executado o sistema de drenagem – com drenos profundos, de paramento e canaletas ou descidas d’água.

Os chumbadores são formados por barras de aço introduzidas em uma perfuração no maciço e que recebem injeção de calda de cimento sob pressão.

A barra de aço geralmente tem diâmetro de 10 mm a 25 mm e proteção anticorrosiva – quando seu diâmetro for de até 20 mm, costuma-se dobrar a ponta externa.

Na barra, são montados centralizadores a cada 2 m – o centralizador auxilia o deslizamento da barra e o cobrimento da calda de cimento além de, como o próprio nome diz, manter a barra centralizada no furo.

Adjacente à barra, é introduzido o tubo de injeção a ser usado para a calda de cimento.

As perfurações são feitas por meio de máquinas perfuratrizes.

Os furos para os chumbadores têm sempre inclinação abaixo da horizontal, variando normalmente entre 5º e 30º.

A cavidade perfurada deve permanecer estável até a injeção do cimento ser concluída.

Para auxiliar na perfuração e na limpeza do furo, utiliza-se água, ar ou lama como fluido – o sistema de lavagem com água é o mais comum.

A calda de cimento, cujo fator água/cimento é próximo de 0,5, é inserida pelo tubo de injeção.

A calda, proveniente de misturador de alta turbulência, é injetada até que se preencha toda a perfuração.

Após a execução do chumbador, é feita a instalação e fixação da armação metálica sobre o talude.

Como alternativa à armação, pode-se usar fibras metálicas de aço no concreto projetado.

As fibras são adicionadas diretamente na betoneira ou no caminhão-betoneira.

Para drenagem do maciço grampeado, usa-se normalmente o dreno sub-horizontal profundo e drenos de superfície, como as canaletas.

Os drenos sub-horizontais profundos são elementos que captam as águas distantes da face do talude por meio de tubos plásticos drenantes, instalados em perfurações no solo – esses tubos são perfurados e recobertos por manta geotêxtil ou tela de náilon. As canaletas são moldadas no local e revestidas por concreto projetado.

O concreto a ser projetado é impulsionado por ar comprimido.

Para o sistema de solo grampeado, utiliza-se a forma de aplicação via seca, na qual o concreto é preparado a seco e a adição de água é feita junto ao bico de projeção, instantes antes da aplicação, pelo próprio equipamento.

Normalmente, a resistência do concreto para solo grampeado é de 15 MPa – mas pode-se atingir valores de até 40 MPa.

O concreto seco pode ser fornecido usinado, em caminhões-betoneiras, ou preparado no canteiro de obras.

Entre os agregados, utiliza-se pedrisco ou pedra zero e areia média.

O cimento pode ser de qualquer tipo e podem ser utilizados aditivos aceleradores de pega, secos ou líquidos, conforme a necessidade da obra.